sexta-feira, 28 de março de 2014

Doar 2: Outro Anúncio Para Fazer Chorar

Ouvindo a Voz do Pai (curta metragem cristão) | Hearing the Voice of the...

Consegue Assistir até o final EU DUVIDO ( libertos da gaiola ).avi

Clemente Drago - Não tenho tempo

APRENDENDO A SER UM VERDADEIRO PAI - Marcelo Aguiar

PAIS MAUS - Narrado por Vandré Fernando (HD) Original

Vídeo Reunião de Pais - Mãos Talentosas 2013.wmv

MENSAGEM DE REFLEXÃO: NÃO TENHO TEMPO = EDIÇÃO E NARRAÇÃO = CESAR MOTA.wmv

Pastor Antonio Carlos - O pai sem tempo

Não tenho tempo(dito por Vitor de Sousa)

A Falta que você me faz

Pai ausente...

AMOR SEM PALAVRAS - HONRE SEUS PAIS

O impacto do exemplo de um pai

quinta-feira, 27 de março de 2014

Quem ama, educa! - 09/05/2013

CURSO PARA PAIS DE ADOLESCENTE

Que tipo de pai você é? Como está o seu relacionamento com seu adolescente? Pode melhorar essa interação entre pai e filho? 

Essas e outras questões poderão ser respondidas neste curso para Pais de Adolescentes. E para isso, você poderá estar conosco a partir de HOJE 27/03/2014, das 20:00 as 21:30, por 10 semanas - sala 103 da PrimeiraIEQ (Rua Alberto Foloni, 143, Ahú, Curitiba/PR- tel. 41 32527215).

Uma oportunidade maravilhosa de nós, pais de adolescentes, trocarmos idéias, orarmos e nos fortalecermos para cumprir o propósito de Deus em nossas vidas como pais e mães, abençoadores e abençoados. Informações 41 92297790.
Liana&Cesar.


9 dicas para educar seu filho adolescente

Carta de um Pai para o Filho

segunda-feira, 17 de março de 2014

Deus pergunta aos pais

FILHOS NA IGREJA

Você está fazendo algo realmente, realmente importante. Eu sei que não é fácil. Eu vejo você com os braços transbordando, e eu sei que você veio para a igreja e está cansado.  Eu assisto você saltar e balançar tentando manter o bebê quieto, fazendo malabarismos com a cadeirinha infantil e a sacola com de fraldas e ainda tenta encontrar um assento. Eu vejo você estremecer quando o seu filho chora. Vejo que ansiosamente puxar brinquedos de sua sacola para tentar acalmá-los.  Eu vejo você se incomoda quando sua menina faz uma pergunta inocente em uma voz que inaceitável na igreja. Eu ouço o desespero em sua voz, como você pede ao seu filho para sentar, ficar quieto  e é como se sentisse  os olhos de todos em você. Nem todo mundo está olhando, mas eu sei que se sente assim. Eu sei que você está pensando, isso vale a pena? Por que se preocupar? Eu sei que muitas vezes deixam igreja mais exausta do que quando entrou. Mas o que você está fazendo é tão importante. Quando você está aqui, a igreja está cheia de um barulho alegre. Quando você está aqui, o Corpo de Cristo é mais plenamente presente. Quando você está aqui, somos lembrados de que essa coisa de adoração que fazemos não é sobre o estudo da Bíblia ou pessoal, contemplação silenciosa, mas se unindo para adorar como uma comunidade onde todos são bem-vindos, onde compartilhamos da Palavra juntos. Quando você está aqui, eu espero que esses bancos não fiquem  vazios em dez anos, quando os seus filhos têm idade suficiente para sentar-se calmamente e comportar-se em adoração. Sei que eles estão aprendendo como e por que nós adoramos agora, antes que seja tarde demais. Eles estão aprendendo que a adoração é importante. Vejo-os a aprender. No meio dos gritos, grunhidos, e risos, em meio à chupetas e mamadeiras caindo e até migalhas de bolacha e que sua menininha insiste em  falar  com alguém que ela nunca conheceu. Eu ouço um menino tomando do copinho da ceia  até a última gota  da comunhão determinado a não perder uma gota de Jesus. Eu vejo uma criança animada por ter  colorido uma cruz e apontar para a que está  na frente do altar. Eu ouço o eco do amém apenas alguns segundos depois que o resto da comunidade diz que juntos. Eu vejo um menino tentando aprender a ler apenas para tentar acompanhar o hino.  Eu sei o quão difícil é fazer o que você está fazendo, mas eu quero que você saiba , isso é importante . É importante para Mim.  É importante para a congregação saber que as famílias se preocupam com a fé, em ver hoje os  jovens de amanhã  .... Importa que eles aprendam que a adoração é  que faz uma comunidade de fé. Quando ensinamos as crianças que os seus assuntos são importantes, que estarem em comunidade e em adoração é importante, nós ensinamos-lhes que eles são importantes aqui e agora, como membros da comunidade da igreja. Eles não precisam esperar até que eles possam acreditar, orar ou adorar  da maneira como faz um adulto para ser bem-vindo aqui. É importante que as crianças aprendam que eles são parte integrante desta igreja, que suas orações, suas canções, e até mesmo o seu choro  são um ruído alegre, porque isso significa que eles estão presentes. Eu sei que é difícil, mas obrigado pelo que você faz quando você traz seus filhos para a igreja. E saiba que seu esforço hoje será honrado em dobro amanhã.

sábado, 15 de março de 2014

Reflexões sobre Educação Sexual

Reflexões sobre Educação Sexual
De modo geral, o amor que os pais têm pelos filhos leva-os a mostrar os  melhores caminhos ao longo da infância e adolescência, e essa coletânea de informações, valores, atitudes, sentimentos e conhecimentos, somados ao genótipo e fenótipo determina a identidade, que é na verdade o conjunto de características individuais  na forma de sentir, pensar e agir.

Os pais são para os filhos como a vara guia para o cego, mostrando qual o caminho seguro. São agentes fundamentais na formação e educação dos filhos, contudo no que tange a educação sexual tem sido silentes.
A educação é o processo contínuo de informação, formação, ensino  e aprendizagem com o escopo de  promover o desenvolvimento biopsicossocial da pessoa, a fim de integrá-la na sociedade .
Sendo assim, há que se refletir sobre o que é sexualidade para mim?   como me sinto em relação a minha sexualidade? É  preciso estar bem com a sua própria sexualidade para poder passar valores dignos .

 Avaliar que conhecimento os pais tem sobre sexualidade e como se sentem em relação a educação sexual é importante , para que o processo de aprendizagem ocorra de forma saudável. Fundamentalmente os pais  tem que buscar  conhecimento nesta área  e se sentirem bem para  conversarem com seus filhos. Para  aqueles  que  sentem necessidade de buscar conhecimento sugiro os livros infra citados.
 Domini Psicologia
saiba mais:  http://psianimusdomini.blogspot.com.br/2013/11/reflexoes-sobre-educacao-sexual.html

Domini Psicologia & Psicopedagogia: Reflexões sobre Educação Sexual

Domini Psicologia & Psicopedagogia: Reflexões sobre Educação Sexual: De modo geral, o amor que os pais têm pelos filhos leva-os a mostrar os  melhores caminhos ao longo da infância e adolescência, e essa colet...

sexta-feira, 14 de março de 2014

Passo a Passo da Gravidez Por Dentro em 3D. By Marcos Veiga

Uma casa ou um ninho?! Alegria é fundamental....


Imagem de Destaque

A alegria deve ser cultivada no lar

A alegria é algo fundamental para a vida
São Paulo diz aos tessalonicenses: “Alegrai-vos sempre no Senhor, repito alegrai-vos...” (ITs 5,16).

A alegria é algo fundamental para a vida humana, especialmente para o equilíbrio do lar. São Francisco de Sales, doutor da Igreja, ensinava que “um santo triste é um triste santo”.

“Não entregues tua alma á tristeza, não atormentes a ti mesmo em teus pensamentos. A alegria do coração é a vida do homem... Afasta a tristeza para longe de ti” (Eclo 30, 22s).

A alegria deve ser cultivada no lar, pois é o melhor oxigênio para o crescimento tranquilo dos filhos. E esta alegria vem de Deus. “Alegrai-vos no Senhor”. Portanto, toda queixa, murmuração, reclamações, azedume e mau-humor devem ser evitados para que o ambiente do lar não fique tenso e carregado.

Certa vez, assisti a uma palestra sobre prevenção às drogas no colégio de meus filhos. Um investigador de polícia, que fazia combate ao narcotráfico, proferiu a aula. Ao terminá-la, concluiu dizendo aos pais, ali presentes, que a principal razão pela qual os filhos tantas vezes iniciam-se nas drogas é a falta de carinho e amor dos pais, sobretudo por não encontrar no lar um local agradável para viver.
Muito lares, por causa das brigas e conflitos, tornam-se verdadeiros infernos, no qual o filho não suporta viver, buscando, então, refúgio na rua, onde, tantas vezes, o traficante está à sua espera, de braços abertos, para oferecer o “consolo” que o jovem não encontrou em casa. Isso é muito sério!

Fiquei muito impressionado com a colocação daquele investigador, sobretudo por não se tratar de um padre, psicólogo, médico ou professor, mas de um policial.
Os nossos filhos não podem ser “expulsos” do lar por causa dos seus conflitos internos. O lar deve ser um ninho de amor onde os filhos gostem de estar, inclusive com os seus amigos. Eles têm este direito, pois o lar é deles. É claro que as normas de boas convivências devem ser respeitadas.
Só Jesus pode dar à família a paz que ela precisa. Sem viver os seus mandamentos e sem o auxílio da sua graça, isso será impossível.
“Vinde a mim vós todos que estais cansados e sobrecarregados e Eu vos aliviarei. Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração. O meu jugo é suave e meu fardo é leve” (Mt 11, 28).
É dando graças a Deus, em todas as circunstâncias da vida, que demonstramos nossa fé e vencemos todos os problemas. O Senhor está vendo tudo o que se passa no lar e tem um desígnio de salvação em cada acontecimento.

“Em todas as circunstâncias daí graças, pois esta é a vontade de Deus a vosso respeito em Cristo Jesus” (I Tes 5,17). Note que o apóstolo mandar dar graças “em todas as circunstâncias”, e não apenas quando tudo vai bem. Dar graças a Deus por tudo, todas as horas, é o meio de, na fé, vencer todas as dificuldades e permanecer em paz no meio das adversidades.
Do livro: “Família, santuário da vida”.


Foto
Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino @pfelipeaquino, é casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br

Livro- O Que Esperar Quando Você Está Esperando

  • O Que Esperar Quando Você Está Esperando

  • O Que Esperar Quando Você Está Esperando é um livro guia para gestantes, de autoria de Arlene Eisenberg, Heidi Murkoff e Sandee Hathaway, publicado originalmente em 1984, estando em sua quarta edição.
  • Vele a pena! 
  • - O Que Esperar Quando Você Está Esperando - FILME

    O Que Esperar Quando Você Está Esperando - Dublado Online

    br filmes:O Que Esperar Quando Você Está Esperando - Dublado Online
    Sinopse: Uma adaptação do mais vendido e adorado livro sobre gravidez de todo o mundo “O Que Esperar Quando Você Está Esperando” é uma comédia romântica extremamente original que acompanha o relacionamento de quatro casais que experimentam a empolgação, apreensão, humor e os problemas enquanto se preparam para embarcar na maior jornada da vida: a paternidade. Áudio: Português

    A Influência da psique dos pais na psique dos filhos desde a gravidez

    A Influência da psique dos pais na psique dos filhos



    Desde a concepção do ser humano, muitos fatores podem interferir no relacionamento pais e filhos, temos conhecimento do que ocorre na nossa consciência e desconhecemos como o inconsciente dos cuidadores influência o desenvolvimento da psique das crianças, impedindo que se desenvolvam verdadeiros laços afetivos entre a criança e os responsáveis, colocando toda a família na faixa de risco para os diversos desvios de relacionamento, incluindo a negligencia, o desinteresse pelo bem estar do filho através de condutas que podem desencadear todos os tipos de doenças na criança, até os acidentes e a violência.
    Esta influência do inconsciente dos cuidadores sob a psique das crianças podem acontecer em qualquer idade, entre a criança ou adolescente e seus responsáveis, seja na gravidez e ao nascimento os períodos mais frágeis.
    As atuais pesquisas mostradas por Figueiró[1] (2009, p.10), apontam ser o adulto resultado da sua natureza, das relações com a família e grupos sociais, da cultura, valores, crenças, normas e práticas. O argumento de que a primeira infância é decisiva na formação do adolescente e do adulto passou a sustentar-se em estudos e pesquisas científicas nos últimos cem anos. Recentemente, a neurociência evidencia que episódios precoces de natureza física, emocional, social e cultural permanecem inscritos por toda existência nas conexões sinápticas do ser humano. Este fenômeno é possível diante da neuroplasticidade e das atividades biomoleculares. Os fatores de risco e proteção da violência, sua emergência e prevenção, são conhecidos da literatura médica, começa no período da pré concepção com fetos indesejados ou rejeitados e permanece nas gestações mal cuidadas, tensas e desamparadas. Estes fatores continuam atuando na primeira infância com a privação de nutrientes afetivos fundamentais ao saudável desenvolvimento psíquico, social e cultural. Oitenta por cento da violência é transgeracional, passa de uma geração a outra e é possível prevenir esta violência através do apego seguro com o desenvolvimento da empatia na formação do individuo. A prevenção depende de uma base segura, da sensibilidade e da resiliência, que é a capacidade deste indivíduo de lidar com problemas e superar obstáculos.
    A ciência tem comprovado a importância da educação e dos cuidados de qualidade durante os primeiros anos de uma criança para o seu desempenho escolar satisfatório e para uma vida adulta plena. O período que vai da gestação até o sexto ano de vida, e particularmente de zero a três anos incluindo o período gestacional, são os mais importantes na preparação dos alicerces das competências, habilidades emocionais e cognitivas futuras. É neste período que a criança aprende, com mais intensidade, a agir, a sentir, a se relacionar, e a desenvolver importantes valores a partir de suas relações na família, na escola e na comunidade.
    A partir destes conceitos da literatura médica acrescentamos os conceitos da Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung[2] e do Método Acesso Direto do Inconsciente / Terapia de Integração Pessoal da autora Renate Jost de Morais[3]para entendermos o desenvolvimento da psique na infância e como ocorre a influência da psique dos pais sobre a psique dos filhos.
    Para Jung, no desenvolvimento da psique da criança existe uma relação de identidade entre o inconsciente dos pais e filhos, e esta relação de identidade pode ser a causadora de futuras neuroses, doenças físicas, atos de criminalidade e acidentes destas crianças. Os profissionais da área da saúde, que se ocupam em cuidar de crianças recebem diariamente cuidadores que relatam sintomas orgânicos, ou psíquicos, que apesar dos estudos médicos avançados, constituem verdadeiros enigmas que desafiam diariamente as modalidades diagnósticas e terapêuticas.  Como disse Jung (1972, p. 129), “Procura-se às vezes uma causa orgânica para alguma perturbação e não sabe que deveria procurá-la em outro lugar”. Este “outro lugar” pode ser evidente para os psicólogos analistas que conhecem a possibilidade de que as dificuldades psíquicas no relacionamento entre pai e mãe possam ser responsabilizadas por alterações orgânicas e psicológicas dos seus filhos. Jung (1972, p.129) diz que “a criança faz de tal modo parte da atmosfera psíquica dos pais que as dificuldades ocultas aí existentes e não resolvidas podem influir consideravelmente na saúde dela”.
                De acordo com Jung existe um estado de identidade do inconsciente entre pais e filhos através do desenvolvimento da psique desde o nascimento da criança ao primeiro ano de vida, continuando até a adolescência.  A psique da criança não nasce “Tábula Rasa[4]”, já existe nesta criança um inconsciente e um “germe” do núcleo da consciência, que será o ego. Que vai proporcionar e promover a proteção da psique infantil e as escolhas de quais estímulos permanecerão na consciência e quais permanecerão no inconsciente. 
    Considerando-se o fato que a criança se desenvolve lentamente do estado inconsciente para o estado consciente, compreende-se também que a maioria das influências do ambiente são inconscientes. As primeiras impressões recebidas da vida são as mais fortes e as mais ricas em consequências, mesmo sendo inconscientes, e talvez justamente porque jamais se tornaram conscientes, ficando assim inalteradas. E para Moraes (2008, p.213) “isto é possível graças a característica de comunicabilidade absoluta do inconsciente, que não é limitado pelo tempo, pelo espaço e pela matéria”. Este conceito referente ao inconsciente está presente também na Psicologia Analítica de C. G. Jung, Stein (2006, p. 179) relata em uma carta de Jung: “foi Einstein quem primeiro me levou a pensar sobre uma possível relatividade tanto do tempo quanto do espaço, a sua condicionalidade psíquica[5].
    O período vital da criança, Moraes afirma que, a criança tem percepção ampla e profunda dos acontecimentos que a cercam, sendo esta percepção inconsciente. Moraes (2007, p.163) diz “a criança, quando nasce, já traz em si – e bem elaborada – toda a estrutura básica de seu psiquismo e a programação orgânica. E na infância, a criança continua mentalmente mais comandada pelo inconsciente que pelo consciente”.  Jung (1972, p.121) diria ainda que, “a maioria das impressões surgidas nos primeiros anos de vida se torna rapidamente inconsciente e forma a camada infantil do inconsciente pessoal”. Para Moraes (2007, p. 96) as crianças “costumam expressar a sua dor através de comportamentos simbólicos, doenças, acidentes, bloqueios de aprendizagem, agressividade...”.
    Através da sua pesquisa Moraes consegue quantificar o quanto o inconsciente dos pais afeta a criança:
    A grande força de influencia inconsciente que os pais têm sobre a criança diminui gradativamente à medida que esta cresce. Em proporção estimativa, não estatística, eu diria que a influencia dos pais na fase do útero materno é de 90%, restringindo-se gradativamente a 75% até cinco anos de idade, a 65% dos cinco aos dez anos, e a 50% na adolescência, sendo que após essa idade o jovem a censura e se defende dessa influencia conscientemente. (MORAES, 2008, p.96)

                E de acordo com a mesma autora um dos “mecanismos de defesa” da criança no período da infância, principalmente no primeiro ano de vida, é a doença física e a provocação de acidentes. Para Moraes (2007, p.169) “a criança adoece sem medir muito as consequências e percebe, com astúcia, que em torno das doenças dela os pais se unem quando não estão bem em seu relacionamento”. A criança se expõe com facilidade a perigos, riscos de vida e morte quando não se sente amada, ou melhor, quando não se sentiu amada na fase do útero materno.
    Para a Psicologia Analítica de C. G. Jung é importante promover a autoeducação dos adultos. Como disse Jung sobre a educação do adulto (1972, p. 63) “sua cultura não deve jamais estacionar, pois de outro modo começará a corrigir nas crianças os defeitos que não corrigiu em si mesmo”. É muito importante a atitude sincera dos pais.
    Quanto mais impressionantes forem os pais e quanto menos quiserem assumir seus próprios problemas (muitas vezes pensando diretamente no bem dos filhos!), por um tempo mais longo e de modo mais intenso terão os filhos de carregar o peso da vida que seus pais não viveram, como que forçados a realizar aquilo que eles recalcaram e mantiveram inconsciente. (JUNG, 1972, p. 84).

    Entendemos que para Jung o erro dos pais estaria em fugir das dificuldades da vida levando tudo para o inconsciente, acarretando com esta atitude, indeléveis consequências na psique da criança.
    Os conceitos apresentados nestes estudos colaboram com a medicina acadêmica que diz ser o cérebro construído dentro de um modelo homeostático (auto ajustado, buscando o equilíbrio) dentro de uma tríade: mãe, pai e sociedade. Suas influências, e por consequência as melhores medidas de prevenção de patologias, tanto orgânicas e como vimos neste estudo, patologias psíquicas, são da genética, da vida intrauterina, experiências durante o nascimento, amamentação no pós-parto exclusiva e de preferência até seis meses (a amamentação é a melhor medida de prevenção neuronal, afetiva e social), dos primeiros dias de vida extrauterina e do tipo de amparo (acolhimento e recepção na família e sociedade). De acordo com experiências vividas no período pós-natal (físicas e afetivas, positivas ou negativas) é que se formarão os novos caminhos neuronais.

    Entendemos finalmente que o desenvolvimento da psique saudável da criança está diretamente relacionado à psique saudável dos adultos. Concluímos que psiques saudáveis geram ambientes saudáveis, sendo redundante afirmar ser necessário um processo consciente de autoeducação deflagrado por adultos responsáveis e conscientes.
    Prof.ª Luciana Antonioli

    Especialista em Pediatria Geral pela Sociedade Brasileira de Pediatria e Associação Médica Brasileira.  Especialista em Psicologia Junguiana pelo IJEP. Especialista em Medicina Antroposófica na ABMA SP; Professora do IJEP.
    REFERÊNCIAS
    FIGUEIRÓ, João Augusto. A primeira infância e a inviabilização do possível. São Paulo: Publicações Cremesp: Revista Ser Médico, pg. 10, edição 48 – Julho/Agosto/Setembro de 2009.

    FORDHAM, Michael. A criança e o indivíduo. São Paulo: Ed. Pensamento - Cultrix, 1994.

    HALL, Calvin Springer. Introdução à psicologia junguiana. São Paulo: Ed. Cultrix, 2005.

    JACOBY, Mario. Psicoterapia junguiana e a pesquisa contemporânea com crianças; padrões básicos de intercâmbio emocional. São Paulo: Ed. Paulus, 2010.

    JUNG, Carl Gustav. Obras Completas de C. G. Jung. Petrópolis:
    Vozes. Os seguintes volumes são mencionados no texto:

                Vol. VII / 1 – Psicologia do inconsciente, 1971.

                Vol. VII / 2 – O eu e o inconsciente, 1971.

               Vol.VIII / 2 – A natureza da psique, 1971.

                Vol. IX / 2 – AION estudo sobre o simbolismo do si - mesmo, 1976.

               Vol. XVII - O desenvolvimento da personalidade, 1972.

               Vol. XVIII / 1 – Fundamentos da psicologia analítica, 1981.

    ______ -  Memórias, sonhos e reflexões. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 2006.

    LIPTON, Bruce H. A biologia da crença; ciência e espiritualidade na mesma sintonia: o poder da consciência sobre a matéria e os milagres. São Paulo: Butterfly Editora, 2007

    MORAES, Renate Jost. O inconsciente sem fronteiras. Petrópolis: Ed. Idéias & letras, 2007.

    ______ . As chaves do inconsciente.  Petrópolis: Ed. Vozes, 2008.

    NEUMANN, Erich. A criança. São Paulo: Cultrix, 1980

    STEIN, Murray. Jung, o mapa da alma: uma introdução. São Paulo: Ed. Cultrix, 2006.



    [1]Figueiró, João Augusto – Médico clínico e psicoterapeuta. Membro fundador, vice-presidente e diretor cientifico do Instituto Zero a Seis – Primeira Infância e Cultura de Paz.

    [2] Jung, Carl Gustav (Kesswil, 26 de julho de 1875  Küsnacht, 06 de junho de 1961) psiquiatra suíço e fundador da psicologia analítica, também conhecida como psicologia junguiana.
    [3] Moraes, Renate Jost de. Brasileira, gaúcha, residente em Belo Horizonte desde 1979. É criadora do Método ADI/TIP – Abordagem Direta do Inconsciente/Terapia de Integração Pessoal. É psicóloga graduada e pós-graduada (Latu Sensu) em Psicologia pela PUC-MG, tendo formação em Serviço Social e em Enfermagem. Defendeu tese sobre “O Problema Social do Hanseniano”. Foi Conselheira Nacional do Serviço Social.

    [4] Tábula rasa: O conceito de tabula rasa foi utilizado por Aristóteles (em oposição a Platão) e difundido principalmente por Alexandre de Afrodisias, para indicar uma condição em que a consciência é desprovida de qualquer conhecimento inato - tal como uma folha em branco, a ser preenchida.
    [5] Jung, Letters, Vol.2. pp. 108-9.